21 de agosto de 2018

Resenha: 39 Clues - O Labirinto de Ossos, por Rick Riordan



39 pistas. Uma viagem ao redor do mundo. Uma grande verdade escondida. 22 mil dólares jogados na lata do lixo.. . E é assim que começa.



Título: The 39 Clues: O Labirinto de Ossos
Ano de publicação: 2008
Autor: Rick Riordan
Editora: Ática
Sinopse: Imagine descobrir-se parte de uma família de personalidades que mudaram a História. E imagine, no minuto seguinte, escolher entre herdar um milhão de dólares ou a primeira de 39 pistas para encontrar o maior tesouro do mundo. Essa é a decisão que os órfãos Amy e Dan Cahill devem tomar em apenas cinco minutos. Os irmãos queimam seus cheques e se lançam na busca das 39 pistas. O que eles nem imaginam é que seus maiores inimigos serão os próprios Cahill, uma família dividida em clãs e capazes de qualquer trapaça para chegar ao tesouro.


Cês lembram daqueles desenhos nostálgicos que assistíamos quando crianças? Algo como Os Camundongos Aventureiros ou As Trigêmeas? Aqueles desenhos que nos deixavam felizes a ponto de ficarmos tristes por não estarmos no meio daquela aventura eletrizante... Pois bem, 39 Clues passa exatamente essa sensação.

A história se inicia na Inglaterra.  A morte de Grace, adorada avó de Amy e Dan Cahill, nossos bravos heróis, faz com que todos os membros da família se reúnam para o enterro da senhora que a tempos sofria de uma doença avassaladora.

Dan e Amy perderam os pais num incêndio alguns anos antes, e no presente moram com a tia Beatrice, mulher que na verdade pouco se importa com eles.  A única pessoa que lhes dava toda a atenção e carinho de que precisavam era a avó. Agora com sua morte não sabiam o que fazer.

Após o enterro da avó, foi feita a leitura de seu testamento. Alguns parentes foram chamados a uma sala a parte - incluindo Dan e Amy. Quando iniciou-se a leitura do documento veio a grande surpresa: Grace havia lhes proposto algo peculiar. Todos que estavam naquela sala possuíam duas opções: ou pegariam sua parte da herança e desfrutariam da boa quantidade de dinheiro por um longo período ou, aceitariam o desafio criado pela avó. Um desafio para descobrir a verdade por trás da família Cahill. Ao fim um grande tesouro aguardava aquele capaz de desvendar as 39 pistas espalhadas pelo mundo. Mas claro, nada seria tão simples. Haveriam riscos.

A maior parte dos familiares aceitou o dinheiro e saiu indignado da sala por conta da "brincadeira de mal gosto" de Grace. Outros, os mais corajosos e de espírito aventureiro, aceitaram o desafio e logo partiram com a primeira pista em mãos - pista tal entregue a todos os indivíduos e equipes que aceitaram o desafio.

Amy e Dan ficaram receosos a princípio, mas viram que era aquilo que eles deveriam fazer. Seus pais se sentiriam orgulhosos, pensaram eles. Decidiram então queimar sua parte da herança e em troca receber a primeira das 39 pistas. E assim os dois embarcaram numa aventura em rumo ao desconhecido. Sem destino, sem família, sem dinheiro e com muitos inimigos ansiando pela morte dos irmãos.

Deu pra sentir a nostalgia a qual me referi no início do post? E pra quem se interessou, uma boa notícia: esse livro é somente o primeiro de uma saga que conta com 10 livros. E se ainda achou ruim, a série conta também com outras 3 sagas, com - se não me engano - 10 livros cada. É livro suficiente pra fazer uma casa de papel, com mobília de papel e ainda seres humanos de papel ("seres humanos de papel", genial).

Algo que achei sensacional acerca do livro foi a criativa ideia de usar figuras de importância na história da humanidade para desenvolver as aventuras das 39 pistas. Isso tornou a obra cativante e bem diferente de outros livros de aventura que abordam a mesma proposta. Além disso, é preciso ressaltar que a história foi muito bem amarrada! A relação entre as figuras de importância e as pontas soltas de 39 Clues realmente nos intrigam.

Por outro lado, o livro não foi o que esperava, em alguns sentidos. Acho que fui com muita fome na coxinha e acabei me decepcionando um pouco. Um dos motivos principais pela decepção foi a escrita. Amo muito os livros de Rick Riordan, sempre dando vida de uma forma fantástica a suas personagens, mas aqui, foi bem diferente. Não encontrei essência em nenhuma personagem. Todos foram muito secos, sem presença. O humor forçado também não ajudou muito. Os personagens não eram engraçados mas Rick tentou a todo custo fazer-nos rir com diálogos simplesmente desmotivadores à esse propósito. Entendo que o público alvo é infantil, mas já por ter lido outras obras de Riordan fiquei na expectativa de outro padrão de personagens. Além disso, acabei não levando em consideração que a saga é escrita por diferentes autores e por esta razão é preciso manter as personagens mais neutras para não prejudicar o andamento de cada autor sobre a história.

Outro ponto que me desanimou bastante a respeito da obra foi o passo lento da história. Mesmo levando em consideração que o livro possui poucas páginas (aproximadamente umas 200), me tomou quase uma semana para lê-lo por completo porque as vezes a narrativa e os diálogos se tornavam tediosos. Meu ponto de vista a respeito disso só mudou lá para o antepenúltimo capítulo, onde a obra atingiu o ponto-chave e o tédio que as vezes sentia desapareceu e deu lugar a uma plausível e sensacional sequência de ação e aventura até a última palavra do livro!

Tirando os fatores desmotivadores, a obra é realmente sensacional e valeu a pena ter dado uma chance. Os pequenos detalhes enriquecidos de mistérios foram geniais. O foco dessa primeira parte da saga foi somente apresentar os personagens e introduzir a grande história que vem pela frente, por isso ainda tenho boas expectativas pela série e prosseguirei minha leitura ao lado de Amy e Dan.


E é isso pessoal.
Espero que deem uma chance ao livro. Pra quem curte uma aventura essa obra é uma boa.
Fiquem bem e vamos a luta, moçada. \0 /

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